O Oriente e o Judaismo:.
Na região do atual Iraque, havia uma cidade chamada UR. Ali vivia um homem piedoso chamado Abrão, que por ordem de Deus, assim está escrito na Bíblia, abandonou a sua terra e se dirige à Canaã, atual Palestina.
De UR a Palestina, em linha reta são aproximadamente 1.500 km. Abrão não foi em linha reta, pois é um areial imenso. Um deserto só. Teriam morrido de fome e sede no caminho. Abrão fez uma elipse: subiu pelos rios Tigre e Eufrates e desceu pelo rio Jordão. Abrão, já com mais de 90 anos, saiu de UR com a esposa Sara, parentes, uma centenas de servos e escravos e levou animais domésticos. O camelo na época ainda não estava domesticado. O que aconteceu no século III da nossa era.
Deus prometeu que ele seria pai de uma imensa nação, de um grande povo, o povo Hebreu. Foi a assim que nasceu o judaísmo.
Os nomes: Heber foi o avô de Abrão. Daí veio os Hebreus.
Jacó que lutou com o anjo de Deus, e foi ferido, teve seu nome mudado para Israel. (Israel quer dizer, aquele que luta com Deus). No cativeiro do Egito os descendentes de Jacó, foram chamados de Israelitas.
Também é da tradição judaica o ensinamento que é a formação do nome através das iniciais (em hebraico) dos patriarcas do povo hebreu: Isaac e Jacó ("י"), Sara ("ש"), Raquel ("ר"), Abraão ("א"), Léia ("ל").
O primeiro registro histórico da palavra "Israel" vem de uma estela egípcia documentando campanhas militares em Canaã. Apesar disso, esta estela se refere a um povo (o determinativo para 'país' estava ausente) é datado a aproximadamente 1211 a.C.
Os israelitas, habitantes de Judá, foram como escravos para o cativeiro da Babilônia, e receberam o nome de Judeus.
O judeu é o único povo da Bíblia, que conserva a origem, costumes e tradição. Os demais povos se diluíram no caminho da humanidade. Para alguém ser considerado judeu deve ter nascido de mulher judia.
O judeu sempre dá a denominação de origem. Assim temos: judeu russo, judeu alemão, judeu americano, judeu brasileiro. . . .
Desde a antiguidade, o oriente é um referencial. Nós usamos a palavra “orientar”. Isso porque todos os povos primitivos impressionaram-se com o desaparecer do sol e, ansiosamente, esperavam o seu retorno que se dava ao horizonte leste, ou seja no oriente.
Esta direção passou a ser conhecida como lugar onde nasce o sol, a luz. Antigamente os cristãos costumavam rezar voltados para Belém, para o oriente, onde nasceu Jesus. Construíram templos, cujo altar era posicionado nesta direção. Assim os muçulmanos, ainda hoje, rezam voltados para Meca, para o oriente. Ambos oram e rezam nesta direção, em busca da sua “Luz”. Não há sombra de dúvidas quanto o Oriente é rico em cultura e expressões do sagrado.
Para as religiões de matriz oriental, o homem, o mundo e a divindade constituem uma grande rede de energia. A pessoa deve procurar entrar em sintonia com Deus, e se encontrar com Ele.
No Gênesis 1,1-2 é descrição da criação do mundo em seis dias e no sétimo como o dia de repouso, de bênção e de santificação. Esta alternância de seis dias de trabalho e um de repouso parece que pode ser uma invenção do povo de Israel (existem outras teorias), já durante o período da monarquia. Os israelitas, habituados a esse ritmo de vida, continuaram a vivê-lo no exílio na Babilônia. Neste país, no entanto, reinava um outro ritmo de trabalho e de repouso. Os exilados, porém, impuseram aos babilônios seu ritmo de vida. Por isso, aos sábados interrompiam seus trabalhos e faziam greve. Esta suspensão dos trabalhos aos sábados recebeu uma fundamentação teológica: o Deus Criador dos israelitas trabalha seis dias e o sétimo dia é dia de repouso, de bênção e de santificação.
O povo judeu foi o primeiro a dar ao mundo princípios de higiene: lavar as mãos antes das refeições. Vejamos: Mc 7, 2 – “ De fato, os fariseus, bem como todos os judeus, não comem sem ter lavado cuidadosamente as mãos, por apego à tradição dos antigos”.
Maria Clara Luchetti Bingemer -- Teóloga da PUC-Rio, diz:
“A profecia hebraica é o elemento que diferencia a religião israelita das outras religiões contemporâneas.
É também aquilo que deu a Israel uma perenidade e uma capacidade de sobrevivência que as outras religiões não possuíam.
Os profetas de Israel pertencem à categoria dos “portadores de palavra”. Entre os povos e religiões vizinhos a Israel são encontrados homens com atividade semelhante à deles. Mas em Israel os profetas se distinguem pelo conteúdo de sua mensagem. Lá são considerados a “boca falante de Deus no mundo”, falam em nome do ÚNICO DEUS a um povo eleito, com quem Deus fez aliança de amor.
Os profetas não são chefes políticos revolucionários, nem ideólogos de partidos. Dirigem-se a um povo para falar-lhe em nome de Deus”.
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