Pelicanos de Balandrau.

"Que cada um se esforce individualmente e de acordo com as possibilidades de sua inteligência; mas que cuide de não censurar os demais, seja porque ele não os entende ou porque eles não o entendem, já que sempre ocorre um dos casos, e freqüentemente ambos de uma só vez. Toda opinião sincera merece por tal razão ser respeitada, ainda que possa haver discordância em seus méritos. A verdadeira liberdade de pensamento mede-se pela liberdade que cada indivíduo sabe conceder aos demais" PEDRO DONIDA

domingo, 2 de agosto de 2009

Adonhiramita

RITO ADONHIRAMITA




Peça adquirada no site Rede Colméia


Barão de Tschoudy, descendente de família suíça, membro do Parlamento de Metz, cidade natal, onde residiu de 1756 a 1765. Metz, era um dos principais centros de estudos e difusão do pensamento maçônico.

Tschoudy, maçom entusiasta e possivelmente o ritualista mais conceituado de seu tempo, cultivou admiração tanto no meio maçônico quanto no profano. Foi considerado um verdadeiro cavalheiro, de caráter expansivo, franco, leal e respeitado pela erudição e pelo talento que se refletiam em suas obras.

Foi um dos mais combativos contra a proliferação sem critérios, dos altos graus no então Rito Heredon, tronco do qual surgiram todos os sistemas escoceses atualmente conhecidos, dentre eles os Ritos: Adonhiramita, Escocês Antigo e Aceito e, Moderno ou Francês.

Descontente com as inovações indevidamente introduzidas, passou a redigir novos rituais. em 1766 publicou "L´ETOILE FLAMBOYANTE, OU LA SOCIÉTÉ DES FRANC-MAÇONS" (A ESTRELA FLAMÍGERA, OU A SOCIEDADE DOS FRANCO-MAÇONS).

Nesta obra, Tschoudy praticamente propõe a criação de uma nova Ordem de altos graus, a "Ordem da Estrela Flamígera", composta de três graus, "Cavaleiro de Santo André", "Cavaleiro da Palestina" e "Filósofo Desconhecido".

A partir de então, passou a ter uma atividade frenética, quando iniciou a compilação dos antigos rituais que foram reunidos na famosa "RECUEIL PRÉCIEUS DE LA MAÇONNERIE ADONHIRAMITE".
Tschoudy, embora de origem católica, eliminou o caráter jacobino dos graus escoceses por ele compilados.

Este caráter era fonte de severas críticas e acusações de aliança dos Maçons Escoceses com os Stuart, em disputa com os Hanover pela Coroa Britânica.

Mesmo após desentender-se com o Conselho dos Cavaleiros do Oriente, Tschoudy, ao falecer, deixou uma obra literária maçônica com a recomendação expressa de jamais publicá-la fora do círculo maçônico.Esta obra era composta, além do Ritual do grau de Cavaleiro de Santo André, a Compilação Preciosa da Maçonaria Adonhiramita e outros importantes manuscritos.Apesar da proibição o Conselho publicou parte destes escritos.
A Compilação Preciosa, foi editada na França em 1787, dois volumes.

A primeira relativa aos graus de Aprendiz, Companheiro, Mestre e Mestre Perfeito. A segunda, trata dos graus de perfeição: Primeiro Eleito ou Eleito dos Nove; Segundo Eleito Nomeado Eleito de Pérignan; Terceiro Eleito Nomeado Eleito dos Quinze; Pequeno Arquiteto; Grande Arquiteto ou Companheiro Escocês; Mestre Escocês; Cavaleiro da Espada nomeado Cavaleiro do Oriente ou da Águia; Cavaleiro Rosa+Cruz e o Noaquita ou Cavaleiro Prussiano.

Em 1873 foi realizado o ordenamento da Maçonaria Adonhiramita após a criação do MUI PODEROSO E SUBLIME GRANDE CAPÍTULO DOS CAVALEIROS NOAQUITAS PARA O BRASIL e, embora não havendo registros históricos, foi a partir desta época que a denominação tradicional de "Antigo Rito dos Treze Graus".

Na Europa, o Rito Adonhiramita foi praticado na França e em Portugal e grandemente difundido nas colônias francesas, caracterizando-se como o preferido da armada napoleônica. Contudo, foi paulatinamente abandonado, tanto em território europeu quando nas colônias a partir da grande difusão que o Rito Francês atingiu no início do século XIX, ficando a sua prática restrita ao Brasil, onde se encontra a sua Oficina Chefe, Estabelecida pela Constituição durante a Fundação do Grande Oriente de Brasil de 1839, com a criação do colégio dos Ritos.

Em 1851 foi criado o colégio dos Ritos Azuis e, em 1873 o GRANDE CAPÍTULO DOS CAVALEIROS NOAQUITAS PARA O BRASIL, através do Decreto nº 21, de 24 se abril de 1873.

Após a separação da Maçonaria Brasileira, onde os graus simbólicos ficaram sob a jurisdição do Grande Oriente do Brasil e os Altos Graus jurisdicionados às respectivas Oficinas Chefes dos Ritos, a 02 de junho de 1973, o MUI PODEROSO E SUBLIME GRANDE CAPÍTULO DOS CAVALEIROS NOAQUITAS PARA O BRASIL, decidiu pela transformação do Rito para 33 graus, instituindo os Graus Kadosch.

A partir desta data, o governo das Oficinas Litúrgicas do Rito Adonhiramita, antes exercido pelo MUI PODEROSO E SUBLIME GRANDE CAPÍTULO, ficou afeto ao EXCELSO CONSELHO DA MAÇONARIA ADONHIRAMITA.

O novo ordenamento, preservando todas "as generalidades ritualísticas compiladas pelo Barão Tschoudy" foi adotado com a aprovação do Projeto apresentado pela Comissão instituída pelo MUI PODEROSO E SUBLIME GRANDE CAPÍTULO DOS CAVALEIROS NOAQUITAS PARA O BRASIL, com o objetivo de aprofundar os estudos.

Assim sendo, todos os graus do antigo ordenamento foram preservados em toda a sua essência, mantendo intactas até os dias atuais, tradições ritualísticas e práticas iniciáticas muito antigas, algumas das quais, datam do surgimento da própria maçonaria operativa, outras foram adotadas no início do Século XVIII, à época do surgimento da Maçonaria especulativa

HISTÓRIA DO RITO ADONHIRAMITA

É muito difícil saber a autoria e o início do Rito Adonhiramita. O texto abaixo é fruto de pesquisas na Internet, livros, artigos maçônicos, bem como, a troca de informações com os Irmãos de outras Lojas, estados e países.

Entre as numerosas controvérsias que resultaram desde meados e quase até o final do século XVIII pelo continente Europeu, e especialmente na França, entre os estudantes de filosofia maçônica, que com freqüência resultavam na invenção de novos graus e estabelecimento de novos ritos, estava a que se referia à pessoa e descrição do arquiteto do templo.

Quem era o arquiteto do templo de Salomão? Foi contestada de diferentes maneiras por distintos teóricos e cada contestação dava origem a um novo rito.

A teoria geral desde então é a mesma de agora, isto é, que este arquiteto era Hiram Abif, o filho da viúva de Hur (um homem que trabalhava com cobre), que havia sido enviado ao Rei Salomão por Hiram, Rei de Tiro como um precioso presente, e ''era um curioso obreiro adivinho, profeta''.

Esta teoria se apoia em textos de escrituras judias que podem dar uma luz sobre a lenda maçônica. A teoria dos antigos maçons ingleses estava enunciada como historicamente correta na primeira edição do Livro das Constituições, publicado em 1723, e continua considerando, desde então, a opinião de todos os maçons ingleses e americanos, e é até agora , a única teoria admitida por todos os maçons dos países que conhecem a teoria sobre esta matéria. Esta, portanto, é a fé ortodoxa da Maçonaria.

Só que não foi o que ocorreu na Europa no século passado. A princípio, a controvérsia surgiu, não relativa ao próprio nome, mas, sim, a sua devida denominação. Todas as partes concordam que o arquiteto do templo foi Hiram Abif, o filho da viúva, descrito no primeiro Livro de Reis ( VIl, 13-14), e no segundo Livro de Crônicas ( 11, 13-14), o qual veio de Tiro com os obreiros do templo que haviam sido enviados pelo Rei Hiram à Salomão.

Uns chamavam- no de Hiram Abif, e os outros admitiam que seu nome original era Adonhiram, nome este suposto, pela habilidade que havia demonstrado na construção do Templo, e se conferiu o afixo memorável de Adon, significando Senhor ou Mestre, de cujos nomes originaram Adonhiram ( Adon + Hiram ). Além disso, existiu no Templo um outro Adoniram ( nota-se que se tratavam de dois homônimos).

O primeiro conhecimento que temos nas escrituras deste Adonhiram está no segundo Livro de Samuel ( XX, 24 ), onde a forma abreviada de seu nome era Adoram, no caso, '' o cobrador de impostos''.

Sete anos depois o encontramos exercendo o mesmo ofício na casa de Salomão, como pode ser visto em Reis IV, 6, Adonhiram, “filho de Abda, o cobrador''. E , por último, sabemos que ocupava o mesmo posto na casa do Rei Rehoboam, filho e o sucessor de Salomão.

Quarenta e sete anos depois é mencionado no Livro de Samuel ( 1 Reis XII, 18) que ele foi morto a pedradas, ao fazer a demissão de seu cargo, pelo povo que estava indignado das opressões de seu rei.

Os estudiosos se viram embaraçados e não tiveram dúvidas de que o cobrador de impostos no época de Davi, de Salomão e de Rehoboam se tratava da mesma pessoal, pois não há razão para duvidar; também como havia dito Kitto : “resulta muito inverossímil, não obstante o caso de que duas pessoas de mesmo nome desempenhasse sucessivamente o mesmo cargo, e não aparece exemplo algum em que o nome do pai se aplicasse a seu filho.

Vimos também que não transcorreram mais do que quarenta e sete anos entre o primeiro e o último, Adoniram, que foi o cobrador, e sendo este, também, um longo período de serviço, não é demasiado longo para uma vida, e a pessoa que teve este cargo, a princípio no reinado de Rehoboam, havia permanecido bastante tempo para se fazer odiar pelo povo e de tudo isto resulta o mais provável, ou seja, que em ambos os casos tratava- se da mesma pessoa.
As lendas e tradições da Maçonaria que relacionam este Adoniram com o Templo de Jerusalém, se deduzem e se apoiam na única passagem do primeiro Livro de Reis ( V, 14 ), onde é cita-se que Salomão reuniu uma leva de 30.000 obreiros para trabalhar no monte Líbano, sob o comando de Adoniram, a quem o chamavam de superior.

Os autores dos rituais franceses, que não tinham um bom conhecimento em hebreu, confundiam, às vezes, importantes personagens de tal maneira que, em ocasiões , não percebiam a diferença entre Hiram, o Arquiteto, que havia sido enviado da corte do Rei Tiro, e Adoniram, que sempre havia sido um empregado da corte do Rei Salomão.

Este erro se estendeu ainda mais, e se fez mais fácil por ter sido usado o prefixo Adon, ''Senhor'' ou ''Mestre'', virando então, Adonhiram (Senhor Hiram).
Também no ano de 1744, Luiz Travenol publicou em Paris, sob pseudônimo de Léonard Gabanon, o documento conhecido mais antigo referindo-se ao mestre arquiteto do Templo sob denominação de Adonhiram.

Tratava-se de '' CATÉCHISME DES FRANCS MAÇONS OU LE SECRET DES FRANCS MAÇONS'' ( Catecismo dos Franco-Maçons ou Segredo dos Franco- Maçons), precedé d'une abregé de l'histoire d'Adoram, etc., et d'une explication des ceremonies Qui s'observent à Ia récéption des Maitres, etc..

Disse o autor nesta obra: ''Além dos cedros do Líbano, Hiram deu um presente ainda mais valioso à Salomão, que foi Adonhiram, de sua mesma raça, o filho de uma viúva da tribo de Neftali. Seu pai, chamado Hur, era um excelente arquiteto e especialista em metais. Salomão, sabedor de suas virtudes, de seu mérito e de seu talento, o honrou com um posto mais elevado, confiando-lhe a construção do Templo e a administração dos trabalhadores''.

Pela linguagem deste texto, e a referência no título do livro a Adoram, que sabemos era o nome do cobrador de impostos de Salomão, é evidente que o autor do catecismo confundiu Hiram Abif, que veio de Tiro, com Adoniram o filho de Abda, que sempre viveu em Jerusalém; assim é que, com ignorância imperdóavel da história da escrita e tradição maçônica , supuseram que eram a mesma pessoa.

Não obstante a este desatino, o catecismo se fez popular entre os maçons daquela época, e é assim que surgiu o primeiro erro referente a lenda do grau de Mestre.

Por fim, outros ritualistas, vendo a inconsistência em referir as individualidades de Hiram, o filho da viúva, e de Adoniram, o cobrador de impostos, e a impossibilidade de reconciliar os fatos discordantes na vida de ambos, resolveu-se cortar a ligação entre eles, retirando do primeiro qualquer posição maçônica e dando somente ao último o cargo de arquiteto do Templo.

O último era Adoniram, quem empreendia os trabalhos e havia sido colocado na chefia e administração dos obreiros que preparavam os materiais no Monte Líbano, e refere-se a Hiram, o filho da viúva, um artesão hábil, especialmente em metais, pois ele sozinho havia feito os trabalhos para o Templo de acordo com os desejos de Salomão.

Devido a esta influência de opiniões, pretenderam os Adonhiramitas logo sua legitimação. Como consequência disso, um dos mais proeminentes ritualistas , Louis Guillemain de St Victor, propôs assim sua teoria: '' Todos estamos de acordo que o grau de Mestre esta fundado no arquiteto do templo.

Bem como as escrituras afirmam como verdadeiro, conforme o quarto versículo do capitulo V do Livro de Reis, sendo esta pessoa Adoniram. Josephus e todos os escritores sagrados dizem a mesma coisa, e , indubtavelmente, se distingue de Hiram de Tiro, o trabalhador de metais. É, pois, Adoniram a quem devemos honrar.''

Em meados do século XVIII, havia três escolas ritualísticas maçônicas, nas quais seus membros estavam divididos com relação as opiniões sobre a identidade do arquiteto do templo:


1 ) Os que supunham que fosse Hiram, filho da viúva, a quem o Rei de Tiro enviou ao Rei Salomão, e quem se designa como Hiram Abif. Esta era uma escola mais popular e original, a qual deve ter sido ortodoxa.


2 ) Os que acreditavam que este Hiram que veio de Tiro é o arquiteto, mas supunham que, pela excelência de seu cárater, Salomão Ihe havia conferido o titulo de Adon, “Senhor” ou ''Mestre'' por isso o chamavam de Adonhiram. Como esta teoria foi por completo desaprovada tanto pela história das Escrituras como pela tradição Maçônica antiga, a escola que os sustentava não chegou a ser nunca popular e nem proeminente, e logo, deixou de existir.


3 ) Aqueles que tomaram a Hiram, o filho da viúva, como um subordinado e insignificante, o esquecendo por completo em suas ritualísticas , e considerando que Adoram, ou Adoniram, ou Adonhiram, o filho de Abda, o cobrador de impostos e mestre dos obreiros de Salomão no Monte Líbano, como o verdadeiro arquiteto do templo, ao que se refere a todos os acontecimentos legendários da Maçonaria do Grau de Mestre.

Esta escola, como resultado da sua ousadia, com a qual, difere da segunda escola, tinha quebrado todos os compromissos com o partido ortodoxo, assumindo uma teoria totalmente independente no absoluto, criando por algum tempo uma grande reflexão na Maçonaria.

Muitos discípulos crentes em Hiram Abif deixaram essa crença e adotaram a de Adoniram. Esses, por sua vez, estenderam essa doutrina, praticaram-na até, quando então, converteram na em um rito único que o chamaram de Maçonaria Adonhiramita.

Deve-se a Ragon a origem da discussão de quem é a autoria da Compilação Preciosa, o qual atribui a esta ao Barão de Tschoudy . Ragon fez constar de seu Ritual do Grau de Mestre, publicado por volta de 1860, uma biografia maçônica ou lista das principais obras em francês que tratavam da Franco-Maçonaria.
O Barão de Tschoudy ou Cavaleiro de Lussy foi um verdadeiro ritualístico. Foi ele que fundou a Ordem da Estrela Flamígera e fez parte do Soberano Conselho dos Imperadores do Oriente e Ocidente, porém não existe evidências , com exceção de Ragon que o considerou como fundador do Rito Adonhiramita.
Foi Luis Guillemain de St Victor que publicou em Paris em 1781, uma obra intitulada de “Recueil Préciex de La Maçonnerie Adonhiramite ( Compilação Preciosa da Maçonaria Adonhiramita )., sendo que neste volume continha os primeiros quatros graus e em 1785 , o mesmo publicaria o segundo volume contendo os demais graus de perfeição. Os quais eram 12 no total :


1) Aprendiz, Aprendiz, Apprentice, Apprente;
2) Companheiro, Compañero, Fellow – Craft, Compagnon;
3) Mestre, Maestro Masón, Master Mason, Maitre;
4 ) Antigo Maçom ou Mestre Perfeito, Maestro Perfecto, Perfect Master, Maitre Parfait;
5 ) Primeiro Eleito ou Eleito dos Nove, Electo de los Nueve, Elect of Nine, Elu des Neuf;
6 ) Segundo Eleito ou Eleito de Pérignan, Electo de Perignan, Elect of Perignan, Elu des Perignan;
7 ) Terceiro Eleito ou Eleito dos Quinze, Electo de los Quince, Elect of Fifteen, Elu des Quinze;
8 ) Aprenfiz Escocês ou Pequeno Arquiteto, Arquitecto Menor, Minor Architect, Petit Architecte;
9 ) Companheiro Escocês ou Grande Arquiteto, Gran Arquitecto, Scottish Fellow – Craft or Grand Architect, Compagnon Ecossais ou Grand Architecte;
10) Mestre Escocês ou Grão Mestre Arquiteto, Maestro Escocés, Scottish Master, Maitre Ecossais;
11) Cavaleiro do Oriente ou da Espada ou da Águia, Caballero del Oriente o de la Espada o del Águila, Knight of the East or of the Sword or of the Eagle, Chevalier de l’Orient ou de l’Epée ou de l’Aigle;
12) Cavaleiro Rosa Cruz, Caballero Rosa Cruz, Knight of Rose Croix, Chevalier Rose Croix.


Tanto Thory como Ragon estavam errados ao inserir o décimo terceiro grau que titulava como o Noaquita ou Cavaleiro Prussiano. Houve um equivoco devido a que Guillemain tinha inserido este grau no final do segundo volume como simplesmente uma curiosidade maçônica, sua inclusão na Compilação Preciosa possuía apenas o caráter histórico com a cerimônia de recepção do candidato, o catecismo e a descrição de seus símbolos e o mesmo disse Ter sido apenas traduzido do alemão por M. de Beraye. Esse grau não tem nenhuma relação com os outros , e Guillemain declara que o Rosa Cruz seria o término do rito.

Apesar disso o “O Soberano Conselho dos Imperadores do Oriente e Ocidente “ considerou como grau maçônico o décimo terceiro, incluindo este também no antigo sistema de 25 graus do R.E.A.C. e consequentemente levando o Rito Adonhiramita a ter treze graus.

Em 1873 foi realizado o ordenamento da Maçonaria Adonhiramita após a criação do Mui Poderoso e Sublime Grande Cápitulo dos Cavaleiros Noaquitas para o Brasil e, embora não havendo registros históricos, foi a partir desta época que a denominação tradicional de “Antigo rito dos Doze Graus” deixou de ser utilizada.

Na Europa, o Rito Adonhiramita foi praticado na França e em Portugual e grandemente difundido nas colônias francesas, caracterizando-se como o preferido da armada napoleônica. Contudo, foi paulatinamente abandonado, tanto em território europeu quanto nas colônias a partir da grande difusão que o Rito Francês atingiu no início do século XIX, ficando a sua prática restrita ao Brasil, onde se encontra a sua Oficina Chefe, estabelecida pela Constituição durante a Fundação do Grande Oriente do Brasil de 1839, com a criação do colégio dos Ritos.

Em 1851 foi criado o colégio dos Ritos Azuis e, em 1873 o Grande Capítulo dos Cavaleiros Noaquitas para o Brasil, através do Decreto n.° 21, de 24 de abril de 1873.


Após a separação da Maçonaria Brasileira, onde os graus simbólicos ficaram sob a jurisdição do Grande Oriente do Brasil e os Altos Graus jurisdicionados às respectivas Oficinas Chefes dos Ritos, a 02 de junho de 1973, o Mui Poderoso e Sublime Grande Cápitulo dos Cavaleiros Noaquitas para o Brasil, decidiu pela transformação do Rito para 33 graus, instituindo os Graus Kadosch.

A partir desta data, o governo das Oficinas Litúrgicas do rito Adonhiramita, antes exercido pelo Mui Poderoso e Sublime Grande Capítulo, ficou afeto ao Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita.


Graus adotados a partir de 1973:


1 ) Aprendiz;
2 ) Companheiro;
3 ) Mestre;
4 ) Mestre Secreto;
5 ) Antigo Maçom ou Mestre Perfeito;
6 ) Preboste e Juiz
7 ) Primeiro Eleito ou Eleito dos Nove;
8 ) Segundo Eleito ou Eleito de Pérignan;
9 ) Terceiro Eleito ou Eleito dos Quinze;
10) Aprendiz Escocês ou Pequeno Arquiteto;
11) Companheiro Escocês ou Grande Arquiteto;
12) Mestre Escocês ou Grão Mestre Arquiteto;
13) Cavaleiro do Real Arco;
14) Grande Eleito ou Perfeito Sublime Maçom;
15) Cavaleiro do Oriente, ou da Espada, ou da Águia;
16) Príncipe de Jerusalém;
17) Cavaleiro do Oriente e do Ocidente;
18) Cavaleiro Rosa Cruz;
19) Grande Pontífice ou Sublime Escocês;
20) Venerável Mestre das Lojas Regulares ou Mestre “Ad Vitam”;
21) Cavaleiro Noaquita ou Cavaleiro Prussiano;
22) Cavaleiro do real Machado ou Príncipe do Líbano;
23) Chefe do Tabernáculo;
24) Príncipe do Tabernáculo;
25) Cavaleiro da Serpente de bronze;
26) Príncipe da Mercê ou Escocês Trinitário;
27) Grande Comendador do templo;
28) Cavaleiro do Sol ou Príncipe Adepto;
29) Cavaleiro de santo André;
30) Cavaleiro Kadosch;
31) Sublime Iniciado e Grande Preceptor;
32) Prelado Congregador e Ouvidor Geral;
33) Patriarca Inspetor Geral

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