Pelicanos de Balandrau.

"Que cada um se esforce individualmente e de acordo com as possibilidades de sua inteligência; mas que cuide de não censurar os demais, seja porque ele não os entende ou porque eles não o entendem, já que sempre ocorre um dos casos, e freqüentemente ambos de uma só vez. Toda opinião sincera merece por tal razão ser respeitada, ainda que possa haver discordância em seus méritos. A verdadeira liberdade de pensamento mede-se pela liberdade que cada indivíduo sabe conceder aos demais" PEDRO DONIDA

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008


este blog é dedicado a todos homens livres e de bons costumes!!!

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Tratado sobre Iniciações.

O ser humano, em sua evolução, ampliou sua sensibilidade em relação aos segredos da Natureza. Alguns destacaram-se pelo grau de conhecimento conseguido através desta percepção, passando a transmiti-los a todos que manifestavam interesse em adquiri-los, sem discriminação. Assim, os conhecimentos adquiridos por alguns, foram utilizados de forma extremamente egoísta e em benefício próprio, utilizando a Sabedoria recebida, para tirar vantagens físicas e materiais.

"O conhecimento gera o Poder. O conhecimento absoluto o Poder absoluto". Por estas razões,os Mestres limitaram os conhecimentos a serem proporcionados às pessoas em geral. O acesso aos Mistérios, tornou-se uma prática que deu início às chamadas Iniciações. As Iniciações como nos ensina Helena Blavatsky são cerimônias de Mistérios, mantidas ocultas dos profanos e dos não Iniciados. Para Platão, as Iniciações são a conquista progressiva dos estados de consciência. No livro de Job lemos que, há uma alquimia espiritual e uma transmutação física e o conhecimento de ambos nos é comunicado nas Iniciações. Para os Neo Platônicos ela é a união da parte com o Todo. A harmonização, é uma das chaves para que ocorra o equilíbrio físico, mental e espiritual necessários ao iniciante.As energias que se apresentam em todas as Iniciações, se manifestam sempre,conforme relatos dos iniciados, como chispas luminosas, luzes encantadas, símbolos dançantes multicoloridos, que são vistos, ouvidos ou sentidos.

Segundo alguns ocultistas,as primeiras iniciações começaram com Rama, há 4 ou 5 mil anos A.C. o sacerdote da antiga Citia na Ásia, Rama foi um rei espiritual do planeta Terra, o Inspirador da Paz e o primeiro legislador a interligar a vida humana, ao ciclo das estações do zodíaco. Para E.Schure, Rama foi quem primeiro fixou os signos do Zodíaco. Desta forma Rama nos legou as Doze Primeiras Grandes Iniciações,os Doze Passos do Zodíaco, que o ser humano tem que percorrer passo a passo, para melhor dominar seus instintos, emoções, purificar pensamentos, palavras e ações, conscientizar em si a ilusão da separatividade, para exercer a regra máxima da purificação do Iniciante, a "Primeira Pedra do Templo da Sabedoria ",o Silêncio. Os Mistérios de Samotracia seguem os seguintes Passos: a purificação, a recepção,a revelação,a amizade e a comunicação com Deus. A Iniciação Egípcia tem por maior Passo, a pergunta feita ao adepto antes de ser admitido nos Mistérios: "Conheceis quem sois?"

Em Menfis no Egito,os Passos do iniciante são os das 7 virtudes morais. Na Iniciação à Esfinge um dos Sagrados Passos é o da revelação do único e verdadeiro atributo humano - SER. A Iniciação ao Pentágono consiste na reforma ou sublimação interior do Homem pelas lutas interiores. A Iniciação de Cagliostro se dirige ao espírito, à energia, abnegação, confiança no futuro, a glorificação de Deus em Si. A Iniciação Maçônica (Sabedoria-ciência das coisas), em seu rito francês assinala que quem deseje realizar os Mistérios, terá que viajar só, sem temor, purificado pelo fogo, água e ar."Por ter vencido o medo e a morte e preparado sua alma para receber a luz,terá direito de sair do seio da terra e ser admitido na revelação dos grandes Mistérios". Das Iniciações realizadas no antigo Egito, Grécia, Roma, podemos lembrar algumas que ainda hoje são realizadas em locais sagrados:os Sete Atributos da Lira de Apolo, os Sete Oceanos, os Mistérios de Eleusis, de Samotracia, Órficos, Ceres, de Baco, a Sagrada Iniciação dos Trinta e Dois Caminhos do Sepher Jetzirah (O Livro Sagrado da Sabedoria Secreta), os Vinte e Dois Caminhos Secretos da Letras do Sagrado Alfabeto Hebreu, as de Isis, Osiris, Horus e as do Sagrado Sol Central, que desde a época do continente Mu, são em número de quatro:

1) a do Sol Central ou Sol Perfeito;
2) o Sol Poder da Suprema Inteligência;
3) O Sol Visível;
4) O Mistério do Espírito e da Palavra.

A Sagrada Iniciação Budista nos declara em um dos seus Mistérios:

"Sendo um, se torne múltiplo, sendo múltiplo, volte a ser único, podes aparecer e desaparecer sem encontrar resistência, passar através das paredes,montanhas, como se fosses ar, se fundir com a terra e emergir dela como se fosses água, caminhar sobre a água sem que ela se abra como se fosses terra, atravessar os ares, tocar com tuas mãos o Sol e a Lua, astros poderosos e maravilhosos e com seu corpo, chegar até o mundo de Brahma."

Outras Iniciações como o Yoga Hindu da revelação, os Mantras Védicos, os Upanishad iluminam a mente para a Verdade Brahmanica do Homem e Deus, dos Deuses e Mantras. O Conhecimento Divino das forças Supremas de Luz, Agni, Indra, Soma, o mito de Angiras entre tantos, nos lêvam a uma prosternação e como nos diz Sri Aurobindo, "a verdade, a retidão, a imensidade dos Vedas, nos conduzem à Plenitude e a Imortalidade". Iniciar, de acordo com E. Alfonso, fundador da Escola de Iniciação Filosófica é realizar no ser humano, a transmutação da consciência humana em Divina, e todas as Iniciações Indianas nos conduzem à essa transmutação. Não podemos deixar de mencionar a Sagrada Iniciação do SHRI CHAKRA, contido no texto do Bhavana Upanishad, que nos conduz ao nosso próprio centro e à obter os dons divinos da Generosidade, da Vontade da Consciência Cósmica entre tantos outros, que nos são fornecidos pelos Mestres Rishis, Sadus e Yogas, etc. As Iniciações Reikianas, redescobertas pelo Dr. Mikao Usui no século passado, formas tão puras e simples de sutil canalização energética, são realizadas pelos mestres, através do dom divino da energia do Amor. Transformando, religando, purificando, transmutando energeticamente o ser humano, desenvolve em cada um, a sua própria Mestria.

As iniciações reikianas, concedem uma maior consciência e capacidade para que, possamos nos assumir integralmente. Alinhando mente, corpo e espírito aos Princípios Constitutivos do Homem, nos torna uno com o Universo e assim, como um canal energético, auxiliamos "a cada Ser a tomar para si,a cura que necessita" (Dr. Mikao Usui). A obtenção do conhecimento do "Eu Deus", do Amor ao Eu Superior, ao Deus em Nós, nos torna harmoniosamente sintonizados com o Universo-Amor-Unicidade-Deus, graças à Iniciação em Reiki. Em todos os processos iniciáticos, uma verdade é comum à todos, a religação com o Uno, o AMOR, a conscientização de que devemos realizar em nós o Divino. Manter, sempre em permanente estado de vigília, todos os nossos centros (Gurdijeff), faz parte dos caminhos iniciaticos dos adeptos. A reverberação contínua do Eu Sou, a Sagrada Atenção, o Silêncio, são os Mistérios Maiores da Unicidade divina contida nas Iniciações. Todos o Passos, Mistérios, terão que ser percorridos dentro de nós, para que possamos ser iniciados,"Não chegarás ao Caminho se não te converteres no Caminho".

Lembrarmos sempre que todos os Grandes Iniciados, Jesus, Buddha, Lao-Tse, Orfeu, Krishna, Moisés, Hermes, e tantos mais, realizaram o Divino no Humano. Eles são as verdadeiras encarnações do Verbo, os Mediadores da Consciência Cósmica Universal, pois transcenderam todos os estados de consciência para realizarem a Vontade Divina do Sagrado Único - O AMOR

Hino ao Sol - Akhenton


Versão Gnosiológica

Segundo Édouard Schuré em sua obra monumental “Os Grandes Iniciados”, Moisés foi Iniciados nos Mistérios do Egito chegando a ascender ao cargo de Sumo Sacerdote em Heliópolis. Seu nome de batismo seria Osarsiph – derivativo de Osíris, deus de Heliópolis. Ao contrário da versão mais corrente, Schuré defende a tese de que o faraó em sua época – note que seu nome jamais é mencionado nos textos sagrados – não era Ramsés, mas Amenófis III. Teria conhecido pessoalmente Amenófis IV, que trocou seu nome para Akhenaton ao instituir a primeira religião monoteísta do mundo. De fato, o Salmo 104 é uma adaptação poética do “Hino ao Sol”, de Akhenaton. Compare:

Salmo 104.
1 Bendize, ó minha alma, ao SENHOR! SENHOR Deus meu, tu és magnificentíssimo; estás vestido de glória e de majestade.
2 Ele se cobre de luz como de um vestido, estende os céus como uma cortina.
3 Põe nas águas as vigas das suas câmaras; faz das nuvens o seu carro, anda sobre as asas do vento.
4 Faz dos seus anjos espíritos, dos seus ministros um fogo abrasador.
5 Lançou os fundamentos da terra; ela não vacilará em tempo algum.
6 Tu a cobriste com o abismo, como com um vestido; as águas estavam sobre os montes.
7 Å tua repreensão fugiram; à voz do teu trovão se apressaram.
8 Subiram aos montes, desceram aos vales, até ao lugar que para elas fundaste.
9 Termo lhes puseste, que não ultrapassarão, para que não tornem mais a cobrir a terra.
10 ¶ Tu, que fazes sair as fontes nos vales, as quais correm entre os montes.
11 Dão de beber a todo o animal do campo; os jumentos monteses matam a sua sede.
12 Junto delas as aves do céu terão a sua habitação, cantando entre os ramos.
13 Ele rega os montes desde as suas câmaras; a terra farta-se do fruto das suas obras.
14 Faz crescer a erva para o gado, e a verdura para o serviço do homem, para fazer sair da terra o pão,
15 E o vinho que alegra o coração do homem, e o azeite que faz reluzir o seu rosto, e o pão que fortalece o coração do homem.
16 mapa As árvores do SENHOR fartam-se de seiva, os cedros do Líbano que ele plantou,
17 Onde as aves se aninham; quanto à cegonha, a sua casa é nas faias.
18 Os altos montes são para as cabras monteses, e os rochedos são refúgio para os coelhos.
19 ¶ Designou a lua para as estações; o sol conhece o seu ocaso.
20 Ordenas a escuridão, e faz-se noite, na qual saem todos os animais da selva.
21 Os leõezinhos bramam pela presa, e de Deus buscam o seu sustento.
22 Nasce o sol e logo se acolhem, e se deitam nos seus covis.
23 Então sai o homem à sua obra e ao seu trabalho, até à tarde.
24 O SENHOR, quão variadas são as tuas obras! Todas as coisas fizeste com sabedoria; cheia está a terra das tuas riquezas.
25 Assim é este mar grande e muito espaçoso, onde há seres sem número, animais pequenos e grandes.
26 Ali andam os navios; e o leviatã que formaste para nele folgar.
27 Todos esperam de ti, que lhes dês o seu sustento em tempo oportuno.
28 Dando-lho tu, eles o recolhem; abres a tua mão, e se enchem de bens.
29 Escondes o teu rosto, e ficam perturbados; se lhes tiras o fôlego, morrem, e voltam para o seu pó.
30 Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra.
31 ¶ A glória do SENHOR durará para sempre; o SENHOR se alegrará nas suas obras.
32 Olhando ele para a terra, ela treme; tocando nos montes, logo fumegam.
33 Cantarei ao SENHOR enquanto eu viver; cantarei louvores ao meu Deus, enquanto eu tiver existência.
34 A minha meditação acerca dele será suave; eu me alegrarei no SENHOR.
35 Desapareçam da terra os pecadores, e os ímpios não sejam mais. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR. Louvai ao SENHOR.


Hino ao Sol - Akhenaton

Tu surges belo no horizonte do céu

Ó Aton vivo, que deste início ao viver.

Quando te ergues no horizonte oriental todas as terras enches de tua beleza

Tu és belo, grande, resplandecente, excelso sobre todo país;

Os teus raios iluminam as terras

Até o limite de tudo o que criaste.

Tu és Rá e conquistas até o seu limite.

Tu as unes para teu filho amado.

Tu estás longe, mas os teus raios encontram-se sobre a terra,

Tu estás diante (da gente), mas eles não vêem o teu caminho.



Quando tu vais em paz ao horizonte ocidental,

A terra fica na escuridão como morta

Os que dormem encontram-se em suas camas,

As cabeças cobertas com mantas,

Um olho não vê o outro.

Se roubassem seus bens que se acham debaixo de suas cabeças,

Eles nem perceberiam.

Todos os leões saem de suas cavernas;

Todas as serpentes, elas mordem.

A escuridão é (para eles) claro.

Jaz a terra em silêncio.

Seu criador repousa no horizonte.



Na aurora tu reapareces no horizonte.

Resplandeces como Aton para o dia sereno.

Tu eliminas as trevas e lanças teus raios.

As Duas Terras estão em festa:

Acordadas e atentas sobre os dois pés.

Tu as fizestes levantar.

Lavam os seus membros,

Pegam as suas roupas,

Os seus braços estão em adoração ao seu nascimento.

A terra inteira se põe a trabalhar.

Todo animal goza de sua pastagem.

Árvores e relvas verdejam.

Os pássaros voam de seus ninhos,

Com as asas (em forma de) adoração a tua essência

Os animais selvagens pulam em seus pés.

Aqueles que vão embora, aqueles que pousam,

Eles vivem quando tu te levantas para eles.

As barcas sobem e descem a corrente

Porque todos os caminhos se abrem quando tu surges.

Os peixes do rio movem-se deslizando em tua direção

Os teus raios chegam ao fundo do mar.



Tu que procuras que o germe seja fecundado nas mulheres,

Tu que fazes a descendência nos homens,

Tu que fazes viver o filho no seio de sua mãe,

Que o acalentas para que não chore,

Tu nutriz de quem ainda está no colo,

Que dás o ar para fazer viver tudo o que crias.

Quando cai do colo para a terra o dia do nascimento,

Tu lhe abres a boca para falar

E provês as suas necessidades.



Quando o pintinho está no ovo (loquaz na pedra)

Tu ali dentro lhe dás ao para viver.

Tu o completas para que quebre a casca

E dela sai para piar e completar-se

E caminhe com seus dois pés recém-nascidos.



Quão numerosas são as tuas obras!

Elas são irreconhecíveis aos olhos (dos homens)

Tu, Deus único, afora de tu nenhum outro existe.

Tu criaste a terra ao teu desejo,

Quando tu estavas só,

Com os homens, o gado, e todos os animais selvagens.

E tudo o que dá sobre a terra - e anda sobre seus pés -

E tudo aquilo que está no espaço - e voa sobre suas asas.

E os países estrangeiros, a Síria, a Núbia, e a terra do Egito.

Tu colocaste todo homem em seu lugar

Proveste as suas necessidades

Cada um com o seu alimento



E é contada sua duração em vida.

As suas línguas são ricas de palavras,

E também seus caracteres e suas peles.

Tens diferenciado os povos estrangeiros.

E feito um Nilo Duat

Leva-o aonde queres para dar vida às pessoas,

Assim como tu as criaste.

Tu, senhor de todas elas,

Que te cansas por elas,

Ó Aton do dia, grande em dignidade!



E todos os países estrangeiros e distantes,

Tu fazes que também eles vejam.

Puseste um Nilo no céu que desce para eles

E que faz ondas sobre os montes como um mar

E banha seus campos e suas regiões.

Quão perfeitos os teus conselhos todos,

Ó Senhor da eternidade!

O Nilo do céu é teu [presente] para os estrangeiros

E para todos os animais do deserto que caminham sobre os pés:

Mas o Nilo verdadeiro vem de Duat para o Egito.



Os teus raios trazem a nutrição para todas as plantas;

Quando tu resplandece, elas vivem e prosperam para ti.

Tu fazes as estações

Para que se desenvolva tudo o que tu crias:

O inverno para refrescá-las,

O ardor para que te degustem.



Tu fizeste o céu distante

Para brilhares nele

E para ver tudo, tu único

Que resplandeces forma de Aton vivo,

Nascido é luminoso, distante e (também vizinho.

Tu apresentas milhões de formas de ti, tu único:

Cidades, povoados, campos, caminhos, rios.

Todo olho vê a ti diante de si

E tu és o Aton do dia sobre (a terra).



Quando te afastas

E (dorme) todo olho do qual criaste a visão

Para não te ver sozinho.

(e não se verá mais) o que tu criaste,

Tu estás (ainda) no meu coração.

Não há nenhum outro que te conheça

Exceto o teu filho Nefer-kheperu-Rá Ua-en-Rá

Tu fazes com que ele seja instruído em teus ensinamentos e em teu valor.

A terra está em tua mão

Como tu a tens criado.

Se tu resplandeces, eles vivem,

Se tu te pões no horizonte, eles morrem;

Tu és a própria duração da vida.

E se vive de ti.



Os olhos vêem beleza, enquanto tu não te pões.

Deixa-se todo trabalho quando tu te pões à direita.

Quando tu resplandeces, dás vigor ao rei,

E agilidade para todos

Desde quando fundaste a terra.



Tu te levantas para o teu filho

Que saiu do teu corpo

O rei do Vale e do Delta que vive da verdade,

O Senhor dos Dois Países Nefer-kheperu-Rá

O filho de Rá que vive da verdade,

O Senhor das coroas Akhenaton

Sublime de duração de vida:

E da grande esposa real, a senhora dos Dois Países Nefer-neferu-Aton Nefertite

Viva, jovem para sempre na eternidade."

Simbolismo da Bandeira Nacional.


Esse tema foi escolhido para esclarecer algumas dúvidas que se tem, o "Porque a Bandeira Nacional do Brasil deve ser referenciada, quando dentro da Loja existem Irmãos de diversas nacionalidades? A Loja não é um Templo Universal, símbolo de Todo o Planeta?
Com fundamento nos princípios da Universalidade da Ordem, evidentemente, estão com razão aquele que assim pensam.
No entanto, é de se observar que nas Constituições de todas as Potências da Ordem e na nossa particularmente afirma-se: "Condena a exploração do homem, bem como os privilégios e as regalias, ENALTECENDO, o mérito da inteligência e da virtude, bem como o VALOR DEMONSTRADO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS à Ordem, À PÁTRIA e à Humanidade", e mais adiante vemos que o Irmao deve fidelidade e devotamento à Pátria e obediência às suas leis.
E, dois motivos encontram para isto: o primeiro deles é que o Iniciado não é um revoltado, e, sim revolucionário, e um revolucionário que não acata a violência , ele é um PACIFISTA, e não PASSIVISTA.
Ele deve obedecer às leis, mas lutar para a sua alteração, sua revogação, sua queda por meios pacíficos e democráticos, quando as considerar injustas, conforme prescreve igualmente os Princípios Gerais da Instituição.
Outro motivo, é de que o homem que não tem amor pela sua origem, que não ama o solo onde nasceu, não tem devotamento à região em que vive, dificilmente poderá ter amor pelo seu semelhante, pelo seu par, pelo seu próximo, posto que, se não consegue ter amor àquilo que está perto, está ao seu alcance, pelo solo em que pisa, muito menos poderá ter amor por aquele que nunca viu, embora saiba ser seu igual.
Por outro lado, o homem que neste amor se radicaliza, que abraça neste seu nacionalismo uma posição xenófoba, jamais poderá ingressar na Ordem , pois ainda naqueles mesmos Princípios acima citados nós vemos que além dos serviços que deve prestar à Ordem e à Pátria, se deve também a mesma obrigação para com a Humanidade.
Diz ainda que "o sectarismo político, religioso ou racial é incompatível com a universalidade do espírito da Ordem....." e ainda afirma que: "Considera Irmãos todos os M:., quaisquer que sejam suas raças, nacionalidades ou crenças".
Portanto, meus Irmãos, a homenagem à Bandeira Nacional do Brasil dentro de uma Loja , o é a todas as bandeiras nacionais de todas as Pátrias do Mundo.
Recorrendo ao símbolo da Pátria onde está localizada a Loja, lembramos todas as Pátrias do Universo, recordamos a Pátria de todos os nossos Irmãos. Razão porque consideramos, no mínimo, inconvenientes Irmãos que no momento da Oração à Bandeira se refere à participação dela em Guerra contra outras Nações.
Acrescente-se, pois, que toda e qualquer atitude ou interpretação sectária ou preconceituosa não pode ser, e não é Maç:. Lembrai-vos que a Ordem se utiliza, muitas e muitas vezes, de símbolos, e um dos seus mistérios está justamente na correta interpretação desta simbologia.
Tendes, pois, vossas mente aberta, aproveitai a Luz que hoje vos foi dada.
Não vos fecheis jamais em quaisquer credos, em quaisquer raças, em quaisquer nacionalidades.
Lembrai-vos, por fim, que a nossa Pátria, em seu sentido mais amplo, é aquela oriunda do Princípio Criador, e, ela tem por dimensão a Loja , do Oriente ao Ocidente, do Norte ao Sul. Nossa Pátria não tem limites, não tem fronteira.

Principios da Ordem.

Registramos abaixo, de forma clara, os princípios em que se baseia a Ordem:

"A Ordem é uma instituição essencialmente iniciática, filosófica, filantrópica, progressista e evolutista. Proclama a Prevalência do espírito sobre a matéria. Pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, por meio do cumprimento inflexível do dever, da prática desinteressada da beneficência e da investigação constante da verdade. Seus fins supremos são: LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE;
"Condena a exploração do homem, os privilégios e as regalias, enaltecendo, porém, o mérito da inteligência e da virtude, bem como o valor demonstrado na prestação de serviços à Ordem, à Pátria e à Humanidade";
"Afirma que o sectarismo político, religioso ou racial é incompatível com a universalidade do espírito de Irmandade. Combate a ignorância, a superstição e a tirania";
"Proclama que os homens são livres e iguais em direitos e que a tolerância constitui o princípio cardeal nas relações humanas, para que sejam respeitadas as convicções e a dignidade de cada um";
"Defende a plena liberdade de expressão, do pensamento, como direito fundamental do ser humano, admitida a correlata responsabilidade";
"Reconhece o trabalho como dever social e direito inalienável; julga-o dignificante e nobre sob quaisquer de suas formas";
"Considera Irmãos todos os Irmaos, quaisquer que sejam suas raças, nacionalidades e convicções ou crenças";
"Sustenta que os Irmaos têm os seguintes deveres essenciais: amor à família, fidelidade e devotamento à Pátria e obediência à lei";
"Determina que os Irmaos estendam e liberalizem os laços fraternais que os unem a todos os homens esparsos pela superfície da terra";
"Recomenda a divulgação de sua doutrina pelo exemplo e pela palavra e combate, terminantemente, o recurso à força e à violência para a consecução de quaisquer objetivos"

Fins Supremos.

Quando afirma que seus fins supremos são, Liberdade, Igualdade e Fraternidade, as coloca em um tripé de mesmo valor, posto que a Liberdade deve ser total, mas com os limites que não permitam a libertinagem ou a exploração de um homem por outro; por outro lado a Igualdade é essencial entre Irmãos, e os homens o são. Igualdade de direitos e obrigações, mas sem que se chegue ao extremo de tolher a Liberdade do Homem nas suas iniciativas próprias. E, a única forma de manter o equilíbrio entre os dois primeiros termos, Liberdade e Igualdade, necessário se faz outra base do tripé, pois caso contrário o edifício social não se mantém, é a Fraternidade que une todos os Homens, não permitindo as distorções morais e sociais que podem acontecer na exacerbação dos dois primeiros termos.
Além disso, diz ainda a referida Constituição, que a Ordem "condena a exploração do homem, os privilégios e as regalias, enaltecendo porém, o mérito da inteligência e da virtude, bem como o valor demonstrado na prestação de serviços à Ordem, à Pátria e à Humanidade; afirma que o sectarismo político, religioso ou racial é incompatível com a universalidade do espírito de Irmandade; combate a ignorância, a superstição e a tirania; proclama que os homens são livres e iguais em direitos e que a tolerância constitui o princípio cardeal nas relações humanas, para que sejam respeitadas as convicções e a dignidade de cada um; defende a plena liberdade de expressão de pensamento, como direito fundamental do ser humano, admitida a correlata responsabilidade; reconhece o trabalho como dever social e direito inalienável; julga-o dignificante e nobre sob quaisquer de suas formas; considera Irmãos todos os M:., quaisquer que sejam suas raças, nacionalidades, convicções ou crenças; sustenta que os Maçons têm os seguintes deveres essenciais: amor à família, fidelidade e devotamento à Pátria e obediência à lei; determina que os Maçons estendam e liberalizem os laços fraternais que os unem a todos os homens pela superfície da terra; recomenda a divulgação de sua doutrina pelo exemplo e pela palavra, e combate, terminantemente, o recurso à força e à violência para a consecução de quaisquer objetivos; adota sinais e emblemas de elevada significação simbólica que são utilizados em suas oficinas de trabalho e servem para que os Irmaos se reconheçam e se auxiliam onde se encontrem."

O Mito da Caverna. Platão


É o próprio Platão quem nos dá uma idéia magnifica sobre a questão da ordem implícita e explícita no seu célebre "Mito da Caverna" que se encontra no centro do Diálogo A República. Vejamos o que nos diz Platão, através da boca de Sócrates:Imaginemos homens que vivam numa caverna cuja entrada se abre para a luz em toda a sua largura, com um amplo saguão de acesso. Imaginemos que esta caverna seja habitada, e seus habitantes tenham as pernas e o pescoço amarrados de tal modo que não possam mudar de posição e tenham de olhar apenas para o fundo da caverna, onde há uma parede. Imaginemos ainda que, bem em frente da entrada da caverna, exista um pequeno muro da altura de um homem e que, por trás desse muro, se movam homens carregando sobre os ombros estátuas trabalhadas em pedra e madeira, representando os mais diversos tipos de coisas. Imaginemos também que, por lá, no alto, brilhe o sol. Finalmente, imaginemos que a caverna produza ecos e que os homens que passam por trás do muro estejam falando de modo que suas vozes ecoem no fundo da caverna.Se fosse assim, certamente os habitantes da caverna nada poderiam ver além das sombras das pequenas estátuas projetadas no fundo da caverna e ouviriam apenas o eco das vozes. Entretanto, por nunca terem visto outra coisa, eles acreditariam que aquelas sombras, que eram cópias imperfeitas de objetos reais, eram a única e verdadeira realidade e que o eco das vozes seriam o som real das vozes emitidas pelas sombras. Suponhamos, agora, que um daqueles habitantes consiga se soltar das correntes que o prendem. Com muita dificuldade e sentindo-se frequentemente tonto, ele se voltaria para a luz e começaria a subir até a entrada da caverna. Com muita dificuldade e sentindo-se perdido, ele começaria a se habituar à nova visão com a qual se deparava. Habituando os olhos e os ouvidos, ele veria as estatuetas moverem-se por sobre o muro e, após formular inúmera hipóteses, por fim compreenderia que elas possuem mais detalhes e são muito mais belas que as sombras que antes via na caverna, e que agora lhes parece algo irreal ou limitado. Suponhamos que alguém o traga para o outro lado do muro. Primeiramente ele ficaria ofuscado e amedrontado pelo excesso de luz; depois, habituando-se, veria as várias coisas em si mesmas; e, por último, veria a própria luz do sol refletida em todas as coisas. Compreenderia, então, que estas e somente estas coisas seriam a realidade e que o sol seria a causa de todas as outras coisas. Mas ele se entristeceria se seus companheiros da caverna ficassem ainda em sua obscura ignorância acerca das causas últimas das coisas. Assim, ele, por amor, voltaria à caverna a fim de libertar seus irmãos do julgo da ignorância e dos grilhões que os prendiam. Mas, quando volta, ele é recebido como um louco que não reconhece ou não mais se adpata à realidade que eles pensam ser a verdadeira: a realidade das sombras. E, então, eles o desprezariam....Qualquer semelhança com a vida dos grandes gênios e reformadores de todas as áreas da humanidade não é mera coincidência.

Quadrilongo e Camara dos Reis.

A Câmara dos Reis da Pirâmide Atlante nunca foi tumba de faraó algum, mas uma câmara iniciática construída segundo a geometria sagrada que nos foi passada ao longo do tempo pelas ordens iniciáticas, especialmente a Escola Pitagórica.As dimensões da câmara são 10,40 de comprimento por 5,20 de largura por 5,81 de altura. Ou seja, um Quadrilongo. Estas proporções formam uma sala que, graças à geometria sagrada, estimula o nosso sexto chakra (Ajna), permitindo um desenvolvimento acentuado de nossa intuição, mediunidade e espiritualidade. Por esta razão, diversos templos religiosos e templos de trocentas ordens iniciáticas são construídos seguindo esta proporção. Se reduzirmos estes valores para números inteiros, veremos que a proporção [10,40 - 5,20 - 5,81] equivale a [4 - 2 - V5]. Traçando as diagonais desta câmara, teremos na diagonal principal um triângulo retângulo de lados 3, 4 e 5, o famoso “Triângulo Pitagórico“, ou seja, Pitágoras estava ensinando a chave para qualquer pessoa construir uma câmara de ressonância do ajna chakra.

Curiosidades sobre o Sol.


O Sol é uma estrela G2 comum, uma das 100 bilhões ou mais de estrelas que habitam a nossa galáxia.
diâmetro: 1.390.000 km.
massa: 1,989x1030 kg
temperatura do núcleo: 15.000.000 K.
temperatura da superfície: 5800 K
O Sol é extraordinariamente maior que qualquer outro corpo do sistema solar. Detém mais de 99,8% da massa total do nosso sistema solar ( (Júpiter fica com quase toda a massa restante).
A massa solar é, presentemente, constituída de cerca de 75% de hidrogênio e 25% de hélio (92,1% hidrogênio e 7,8% hélio por número de átomos); o restante ("metais") corresponde a apenas 0,1%. Esses valores mudam à medida que o Sol converte o hidrogênio em hélio em seu núcleo.
As camadas externas do Sol apresentam rotação diferencial: no equador, a superfície gira apenas uma vez a cada 25,4 dias; próximo aos pólos, sua rotação é de 36 dias. Esse estranho comportamento se deve ao fato de o Sol não ser um corpo sólido como a Terra. Efeitos similares são vistos nos planetas gasosos. O núcleo do Sol gira como um corpo sólido.
As condições no núcleo do Sol são extremas. A temperatura é de 15 milhões de graus Kelvin e a pressão é de 250 bilhões deatmosferas. A compressão dos gases no núcleo atinge uma densidade 150 vezes a da água.
A energia solar (3,86e33 ergs/s ou 386 bilhões de bilhões de megawatts) é produzida por reações de fusão nuclear. A cada segundo, cerca de 700.000.000 de toneladas de hidrogênio são convertidas em aproximadamente 695.000.000 toneladas de hélio e 5.000.000 toneladas de energia (=3,8e33 ergs) na forma de raios gama. À medida que se desloca em direção à superfície, essa energia é continuamente absorvida e novamente irradiada a temperaturas cada vez mais baixas, de modo que, ao atingir a superfície, ela é basicamente luz visível. Nos últimos 20% de seu trajeto até a superfície, a energia desloca-se mais por convecção do que por radiação. Um fóton leva 50 milhões de anos para chegar à superfície.
A superfície do Sol, chamada de fotosfera, tem uma temperatura de aproximadamente 5800 k. As manchas solares são regiões "frias", onde a temperatura é de 3800 K (elas parecem escuras apenas quando comparadas com as regiões circunvizinhas). As manchas solares podem ser muito grandes, alcançando um diâmetro de até 50.000 km. Essas manchas são causadas por interações complexas e pouco conhecidas com o campo magnético do Sol.

Aqui começam os Estatutos da Arte da Geometria segundo Euclides.


Aquele que quiser ler e pesquisar
Pode encontrar, contada em um livro antigo,
A história de grandes senhores e belas damas
Que tinham um grande número de filhos muito sensatos,
Mas nenhum dinheiro para criá-los,
Na cidade, nos campos e na floresta,
Fizeram uma assembléia.
Por amor a seus filhos para decidir
Como ganhariam a vida
Sem preocupação nem angústia com o futuro
De seus numerosos descendentes
Que iriam nascer quando eles mesmos fossem apenas cinzas.
Eles iriam buscar os grandes sábios
Para que lhes fossem ensinados bons ofícios.
Nós rezamos, por amor a nosso Senhor,
Para que nossos filhos façam belos e bons trabalhos
Para ganharem a vida,
Sem dificuldade, mas sim com honestidade e sem medo do dia de amanhã.
Naquele tempo, por meio da geometria,
Esse honesto ofício que é a maçonaria
Foi concebido
E organizado por uma nobre assembléia de sábios.
Esses sábios, conforme o desejo dos senhores, inventaram a geometria
E a denominaram maçonaria
Para que ela se tornasse o mais belo dos ofícios.
Os filhos dos senhores foram para junto do sábio
Para que ele lhes ensinasse o ofício da geometria.
Tarefa que desempenhou muito bem.
Respondendo às súplicas dos pais e mães,
Ele os iniciou no oficio.
Quem aprendia melhor o ofício que os outros
E se mostrava honesto
Tinha mais direito à consideração.
Euclides era o nome do grande sábio.
Célebre ele se tornou.
Ele fez com que aquele que soubesse muito
Instruísse aquele que sabia menos
Para que todos fossem perfeitos no ofício.
Sim, eles deviam instruir uns aos outros
E amar-se como se amam Irmãos e irmãs.
Ele disse que aquele que fosse mais bem formado
Seria chamado Mestre.
Para que fosse reverenciado
É assim que devia ser chamado.
Um maçom nunca deveria chamar
Alguém do ofício
A não ser de Irmão,
Mesmo que ele não seja muito hábil.
Entre os maçons deve reinar o amor,
Pois todos são de nobre linhagem.
O ofício da maçonaria teve seu início
Quando o sábio Euclides em sua grande sabedoria
Fundou o ofício nas terras do Egito.
Foi em terras do Egito que ele transmitiu
Seu ensinamento.
Isso durou um longo tempo
Até que o ofício viesse para nosso país.
O ofício chegou na Inglaterra
Quando reinava o rei Athelstan.
Ele mandou construir castelos e edificações,
Altos templos extraordinários
Para deleitar-se, de dia ou à noite,
E para reverenciar Deus com toda a sua alma.
O bom senhor amava o ofício
E empenhava-se em fortalecê-lo,
Pois ele havia observado uma certa fraqueza.
Ele ordenou, portanto, que se buscasse no país
Os maçons de ofício
Que foram até ele
Para corrigir essas imperfeições de seus conselhos.
Reuniram-se homens de diferentes classes,
Duques, condes, barões,
Cavaleiros, escudeiros e muitos outros,
Do mesmo modo, os burgueses da cidade.
Todos estavam lá, conforme sua classe,
Para definir os estatutos dos maçons.
Eles uniram seus espíritos
E desempenharam bem sua tarefa.
Anunciaram quinze artigos
E determinaram quinze pontos.
ARTIGO PRIMEIRO
O primeiro artigo da geometria:
Podemos confiar em um Mestre maçom
Pois ele é firme, sincero e verdadeiro.
Ele não será contestado
Se pagar os Companheiros após a refeição
Conforme o valor habitual.
Ele deverá remunerá-los eqüitativamente segundo a boa-fé
E os méritos deles
Sem nunca levar vantagem.
Eles gastarão o que ganharem
E não economizarão por avareza ou por medo da falta.
Eles não terão mais
De um senhor ou de um companheiro.
Deles não tome nada
Seja como um juiz, aja dentro da justiça,
Assim você dará a cada um de acordo com seu mérito.
Faça isso da melhor forma que puder
Para sua honra e seu proveito.
ARTIGO SEGUNDO
O segundo artigo da boa maçonaria
é característico.
Todo MESTRE maçom
Deve comparecer às assembléias gerais.
Ele deve portanto dizer
Onde a assembléia será realizada.
A essa reunião ele assistirá
Exceto em caso de justificativa válida,
Sob pena de ser reputado rebelde ao ofício
E sem honra.
Se uma doença vier a se apoderar dele
E ele não puder vir
Isso será uma justificativa válida
Que a assembléia aceitará como tal, se ela for verdadeira.
ARTIGO TERCEIRO
O artigo terceiro, em verdade,
É que o MESTRE não aceitará nenhum Aprendiz
Que ele não tenha certeza de empregar durante ao menos
Sete anos.
Duração que não pode ser inferior.
Ela não poderá ser de nenhum proveito para o senhor
Nem para ele próprio.
Isso se compreende facilmente
Por menos que se raciocine a respeito.
ARTIGO QUARTO
O quarto artigo é
Que o MESTRE não poderá
Tomar um servo como Aprendiz
Ou empregá-lo como engodo do lucro,
Pois seu senhor poderá buscar o Aprendiz
Onde quer que vá.
Se ele fosse recrutado na LOJA,
Poderia haver desordem.
Um caso desses prejudicaria a todos.
Todos os maçons seriam atingidos.
Se tal homem assumisse o ofício
Muitas desordens ocorreriam.
Para a paz e a harmonia,
Admitam um Aprendiz de boa condição.
Antigamente, é o que estava escrito,
O Aprendiz deveria ser de alta linhagem.
Assim, filhos de grandes senhores
Aprenderam a geometria, fonte de benefícios.
ARTIGO QUINTO
O quinto artigo é deliciosamente bom.
O Aprendiz não pode ser bastardo.
O MESTRE nunca admitirá
Como Aprendiz uma cabeça perturbada.
Assim vocês compreendem
Que ele deve ter os membros em bom estado.
O ofício padeceria
Se entrasse um amputado, um coxo,
Pois um homem enfraquecido
Não poderia cumprir sua tarefa.
Cada um de vocês compreenderá
Que o ofício demanda homens fortes.
Um homem mutilado não tem força suficiente.
Isso vocês sabem há muito tempo.
ARTIGO SEXTO
Ninguém deve esquecer o artigo sexto
Que diz que o M.1, não pode prejudicar o senhor,
Solicitando ao senhor para seu Aprendiz
O que ele dá aos Companheiros,
Pois estes são formados,
Enquanto o outro ainda não é.
Seria contrário à razão
Dar-lhe o salário dos Companheiros.
Este artigo diz que o Aprendiz deve solicitar
Menos que os Companheiros, que conhecem o ofício.
Em muitas disciplinas, é preciso que se saiba,
O MESTRE pode instruir seu Aprendiz
Para que seu salário possa ser aumentado.
Quando ele tiver cumprido seu tempo,
Seu salário será aumentado.
ARTIGO SÉTIMO
Eis agora o artigo sétimo
Que diz claramente, Companheiros,
Que nenhum MESTRE, por favor ou medo,
Deverá vestir ou alimentar um ladrão.
Ele nunca acolherá um ladrão,
Nem um assassino,
Nem alguém com reputação duvidosa,
Pois isso envergonharia o ofício
ARTIGO OITAVO
O artigo oitavo lhes mostra aqui
O que o MESTRE deve fazer
Se ele tiver diante de si um homem do ofício
Que não tenha capacidade suficiente.
Ele pode substituí-lo
E colocar em seu lugar alguém mais competente.
Pois um homem que tenha fraquezas
Pode prejudicar o oficio.
ARTIGO NONO
É claro,
O MESTRE deve ser ao mesmo tempo escutado e temido.
Ele não iniciará nenhum trabalho
Se não estiver certo de conduzi-lo bem.
Isso para o benefício do senhor
E do ofício.
Ele verificará as fundações
E zelará para que não oscilem nem desabem
ARTIGO DÉCIMO
O artigo décimo ensina a vocês,
Que estão no alto ou embaixo na escala do ofício,
Que nenhum MESTRE deve sobrepujar um outro,
Mas construir em conjunto
Sob a direção do MESTRE.
Ele não intrigará um Companheiro
Que tiver realizado um trabalho.
Se isso ocorrer,
Ele pagará uma multa de dez libras,
Exceto se aquele que chefiava a obra
For julgado culpado.
Nenhum maçom poderá assumir o trabalho de um outro,
Exceto se este ameaçar a obra.
Um maçom pode então assumir a obra
Para o benefício do senhor.
Nesse caso,
Nenhum maçom poderá se opor.
É verdade que, aquele que escavou as fundações,
Se for um verdadeiro maçom,
Certamente conduzirá a obra a bom termo.
ARTIGO DÉCIMO PRIMEIRO
O artigo décimo primeiro,
eu lhes digo,
É justo e sem rodeios.
Ele diz com vigor
Que nenhum maçom deve trabalhar durante a noite,
Exceto para dedicar-se ao estudo
Pelo qual poderá aperfeiçoar-se.
ARTIGO DÉCIMO SEGUNDO
O artigo décimo segundo diz que todo maçom
Deve ser honesto.
Ele nunca deve criticar o trabalho dos Companheiros
Se quiser manter sua honra.
Seu comentário será honesto.
Pois o saber vem de Deus.
Todos os Companheiros devem trabalhar juntos
Para aperfeiçoar o ofício.
ARTIGO DÉCIMO TERCEIRO
O artigo décimo terceiro, que Deus me guarde,
Diz que, se o MESTRE admitir um Aprendiz,
Ele o instruirá da melhor forma que puder,
Transmitindo-lhe seu saber.
Assim ele conhecerá o oficio e poderá
Trabalhar, não importa em que lugar da terra.
ARTIGO DÉCIMO QUARTO
O artigo décimo quarto diz com razão
Como deve se comportar o MESTRE.
Ele não admitirá um Aprendiz
Se não tiver utilidade para ele.
Durante o aprendizado,
Ele lhe ensinará os diferentes pontos.
ARTIGO DÉCIMO QUINTO
O artigo décimo quinto, o último,
Diz que o MESTRE não deve ter para com os outros homens
Um comportamento hipócrita,
Nem seguir os Companheiros no caminho do erro,
Qualquer que seja o benefício que possa ter.
Ele nunca deverá fazer um falso juramento e
Com amor deverá preocupar-se com sua alma,
Sob pena de trazer para o ofício a vergonha
E para si a repreensão.
PRIMEIRO PONTO
Nesta assembléia, grandes senhores e MESTRES
Adotaram diversos pontos.
Quem quiser aprender o ofício e abraçá-lo
Deverá amar a Deus e a Santa Igreja.
Seu MESTRE também,
E igualmente seus Companheiros
É o que deseja o ofício.
SEGUNDO PONTO
O segundo ponto diz
Que o maçom trabalhará nos dias úteis
Da melhor forma possível,
A fim de merecer seu salário e os dias de repouso.
Pois quem tiver feito bem seu trabalho
Merecerá grande reconforto.
TERCEIRO PONTO
O terceiro ponto é muito claro
Com relação ao Aprendiz, saibam bem.
De boa vontade ele deverá guardar segredo sobre os ensinamentos
De seu MESTRE e de seus Companheiros.
Ele nunca trairá as decisões da câmara
Nem o que se faz na Loja
O que quer que possa ser dito ou feito,
Nada será dito.
Tudo o que você ouvir, na Loja, ou na floresta,
Guarde para si, honradamente,
Sem o que, você mereceria uma repreensão
E grande vergonha abater-se-ia sobre o ofício.
QUARTO PONTO
O quarto ponto nos diz
Que ninguém deve mostrar-se pérfido para com o ofício.
Se cometer um erro que possa prejudicar o ofício,
Ele deverá cessar.
Ele não fará nenhum dano
Ao MESTRE ou aos Companheiros.
O Aprendiz com respeito
Obedecerá às mesmas leis.
QUINTO PONTO
O quinto ponto não é contestável.
Quando o maçom receber seu salário
Do MESTRE, como foi acertado,
Ele o receberá humildemente.
Mas o Mestre terá um grande cuidado
Em avisá-lo antes do meio-dia
Se não quiser mais empregá-lo,
Como tinha o costume de fazer.
Assim, se a ordem for respeitada,
As coisas irão bem.
SEXTO PONTO
O sexto ponto será conhecido por todos
Do mais alto ao mais baixo degrau da escala.
Pode acontecer
Que alguns maçons, por inveja ou ira,
Deixem surgir uma disputa.
O MESTRE, se isso estiver em seu poder,
Deverá lhes fixar uma data, após a jornada de trabalho,
Para que possam se explicar.
Eles só tentarão fazer as pazes
Após o término de sua jornada de trabalho.
Durante os dias de licença, vocês poderão
Usar o tempo livre para se reconciliar.
Se vocês marcarem a conciliação fora de um dia de licença,
Isso acabará por perturbar o trabalho.
Façam de modo com que eles cheguem a um acordo
Para que permaneçam sob a lei de Deus.
SÉTIMO PONTO
O sétimo ponto ensina como manter honesta
A vida que Deus nos dá.
Assim como Ele ordena,
Você não dormirá com a mulher de seu MESTRE
Nem de seus Companheiros, não é digno de um homem.
Isso prejudicaria o oficio.
Nem com a concubina de seus Companheiros,
Pois você não gostaria que fizessem o mesmo com a sua.
A punição para essa falta
Será permanecer Aprendiz durante sete anos completos.
Quem esquecer um desses pontos
Será duramente castigado,
Pois a infelicidade poderia resultar
De tal pecado mortal
OITAVO PONTO
O oitavo ponto não deixa nenhuma dúvida.
Se você receber uma tarefa, qualquer que seja ela,
Ao MESTRE permaneça fiel.
Você nunca será desiludido.
Seja um leal intermediário
Entre o Mestre e os Companheiros
Aja eqüitativamente tanto com um quanto com os outros.
Isso será uma boa coisa.
NONO PONTO
O nono ponto refere-se
Ao intendente da casa.
Se vocês dois estiverem em casa,
Um deverá servir o outro com moderação e dedicação.
Companheiros, vocês devem saber
Que na sua vez vocês serão intendentes,
Não há nenhuma dúvida.
Ser intendente
É servir os outros
Como irmãs e Irmãos
Nunca tente
Escapar dessa tarefa.
Todos devem exercê-la
Como se deve.
Não se esqueça de pagar convenientemente
Quem lhe vendeu provisões
Para que não possam ter queixas contra você
Nem contra seus Companheiros, homem ou mulher.
Deverão ser pagos de acordo com seus méritos.
Além disso, você dará ao companheiro
O detalhamento de seu salário,
A fim de evitar qualquer confusão.
Assim você não será repreendido.
Por sua vez, ele deverá manter controle exato
Dos bens que tiver recebido,
Das despesas feitas para os Companheiros,
Das quais você prestará contas
Quando os Companheiros lhe solicitarem.
DÉCIMO PONTO
O décimo ponto explica como viver bem
Sem confusão nem discussão.
Se algum dia um maçom for colocado em posição difícil,
Se ele cometer um engano em sua obra
E inventar desculpas,
Ele não hesitará em desonrar seus Companheiros.
Por causa de tais infâmias
O ofício poderá ser censurado.
Se ele aviltar o oficio
Não lhe poupem de nada
E tentem afastá-lo do vício,
Sob pena de verem nascer guerras e conflitos.
Não lhe permitam nenhum repouso. Até que o tenham convencido
A comparecer diante de vocês
De boa ou má vontade.
Durante a assembléia, ele comparecerá
Diante de todos os seus Companheiros reunidos.
Se ele se recusar,
Ele será excluído do oficio
E castigado de acordo com o código de nossos anciãos.
DÉCIMO PRIMEIRO PONTO
O décimo primeiro ponto recorre à discrição.
Com razão vocês podem compreendê-lo.
Um maçom que conhece o oficio,
Que vê seu companheiro talhar uma pedra
E ameaçar desperdiçá-la,
Deve corrigi-lo se puder
E ensiná-lo como realizar o talhe
Para que não seja maltratada a obra do Senhor.
Mostre-lhe como terminá-la
Com palavras calorosas que Deus lhe dá.
Por amor por Aquele que está lá no alto,
Por meio de palavras cultive a amizade.
DÉCIMO SEGUNDO PONTO
O décimo segundo ponto não pode ser mais realista.
No local onde será realizada a assembléia
Haverá Mestres, Companheiros,
Grandes senhores.
Haverá também o xerife,
O prefeito da cidade,
Cavaleiros e escudeiros
E almotacéis.
Todas as ordens dadas por eles
Serão respeitadas ao pé da letra
Pelos homens do oficio.
Se ocorrer alguma contestação,
Eles têm poder de decisão.
DÉCIMO TERCEIRO PONTO
O décimo terceiro ponto é muito útil.
Um maçom nunca deve roubar
Nem auxiliar um ladrão
Com o objetivo de receber uma parte do roubo.
Ao cometer esse pecado, ele prejudicaria
A si e a sua família.
DÉCIMO QUARTO PONTO
O décimo quarto ponto é boa lei
Para aquele que tem medo.
Ele deve prestar juramento
Diante de seu MESTRE e seus Companheiros.
Ele obedecerá com zelo
Às ordens,
A seu senhor, ao rei,
Aos quais será fiel.
Todos os pontos que acabamos de enumerar
Você deve respeitar
E prestar juramento, queira ou não.
Todos os pontos
Foram ditados pela razão.
É preciso saber que será verificado
Que os Companheiros os coloquem em prática.
Se alguém vier a esquecê-los,
Qualquer que seja sua posição,
Ele será detido
E conduzido diante desta assembléia.
DÉCIMO QUINTO PONTO
O décimo quinto ponto é de grande proveito
Para aqueles que prestaram juramento.
Esta ordem é obra
Dos senhores e Mestres citados acima.
Ela foi redigida para impedir que se prejudique
Aqueles que recusarem esta constituição
E seus artigos escritos
Pelos senhores e maçons.
Se suas faltas forem provadas
Diante desta assembléia,
E eles não quiserem emendar-se,
Deverão renunciar ao ofício
E jurar abandoná-lo.
A menos que reconheçam sua culpa,
Eles não farão mais parte do oficio.
E se recusarem-se a obedecer
O xerife os deterá imediatamente
E os lançará em uma escura prisão.
Seus bens e seu gado serão confiscados
Pelo tempo que aprouver ao rei.
Um outro regulamento da Arte da Geometria
Ordenou-se que anualmente
Uma assembléia seja realizada
Para verificar e retifïcar os erros
Do ofício no país.
Todos os anos ou a cada três anos,
Conforme o caso, será assim
No local por eles escolhido.
Data e local serão fixados, assim como
A localização exata.
Todos os homens do ofício assistirão a ela
Assim como os senhores
Para corrigir os erros do ofício.
Todos aqueles que pertençam ao ofício
Deverão jurar manter puros
Os estatutos do ofício
Tal como foram redigidos pelo rei Athelstan.
Esses estatutos, por mim encontrados,
Devem ser respeitados no território,
Fiéis à realeza que devo a minha
Dignidade.
Em cada assembléia,
Venham sentar-se junto de seu rei,
A fim de encontrar nele a graça
Para que ela permaneça em vocês.
Eu confirmo os estatutos do rei Athelstan
Que os ditou para o ofício.
A arte dos Quatro Coroados.
Supliquemos a Deus Todo-Poderoso
E à Virgem Maria
Para que sejam protegidos esses artigos
E esses pontos,
Como esses quatro mártires
Que no ofício foram considerados com grande honra
Eles eram os melhores maçons da Terra,
Escultores em madeira, fabricantes de imagens.
O imperador que tinha alta estima
Por esses nobres operários
Ordenou-lhes que criassem uma estátua à sua imagem
Que seria venerada.
Ele queria assim desviar
O povo da lei de Cristo.

Esses homens tinham fé na lei de Cristo
E em seu ofício, que não desejavam desonrar.
Eles adoravam Deus e seu ensinamento,
E desejavam permanecer a seu serviço.
Eles eram homens puros e sinceros
Que viviam segundo a lei divina,
Não queriam de forma alguma criar ídolos,
Apesar do beneficio que podiam obter com isso.
Recusaram-se a criar uma imitação de Deus.
Não queriam renunciar a sua fé
E se perder nos caminhos de uma falsa lei.
O imperador irado ordenou que fossem detidos
E mantidos em um profundo calabouço.
Quanto mais ele os detinha prisioneiros,
Mais eles viviam na graça do Cristo.
Quando o rei viu que era impotente,
Ele ordenou que os matassem.
Se vocês quiserem saber mais
Vocês encontrarão no livro
Da Lenda dos santos.
Os nomes dos Quatro Coroados
São conhecidos por todos.
Sua festa ocorre no oitavo dia após
O Dia de Todos os Santos.
Escutem agora o que pude ler.
Bem depois que o Dilúvio de Noé,
Que angustiou todos, secasse,
Os homens construíram a torre da Babilônia,
De cal e pedra, de uma tal altura
Que nenhum homem havia visto antes disso.
O edifício era tão comprido e tão grande
Que fazia com sua altura uma sombra de sete milhas.
O rei Nabucodonosor o fez robusto
Para que, se um outro dilúvio acontecesse,
Não destruísse a obra.
Os homens tinham tanto orgulho
E faziam tanto alvoroço
Que a obra foi destruída
Quando um anjo a atingiu.
O anjo diversificou tanto as línguas
Que os homens não se compreendiam mais.
Depois de muitos anos, o bom sábio Euclides
Andou pelo mundo para ensinar geometria.
E ele fez outras coisas,
Diferentes ofícios, em grande número.
Pela graça do Cristo nos Céus
Ele fundou as sete ciências.
Gramática é a primeira, se não me engano.
Dialética é a segunda, sejamos abençoados.
Retórica é a terceira, não há contestação.
Como lhes digo, Música é a quarta.
Astronomia é a quinta, por minhas barbas.
Aritmética é a sexta, não há nenhuma dúvida.
Geometria, a sétima, encerra essa lista.
Feita de doçura e cortesia,
Gramática é uma raiz,
Todos a encontram nos livros.
Mas o ofício ultrapassa esse nível
Como o fruto vai além da raiz da árvore.
A retórica orna a palavra
E a música é um canto melodioso.
A astronomia faz a soma dos planetas.
A aritmética permite mostrar que uma coisa
É igual a outra.
Geometria, sétima ciência,
Permite distinguir o que é falso do que é verdadeiro,
Estou convicto.
Eis as sete ciências.
Quem bem as usa pode atingir o céu.
Filho, tenha bom senso
Para deixar para trás o orgulho e a inveja.
Oriente seu espírito para uma sadia sobriedade,
Para que caminhe na boa direção.
Agora eu lhes digo, prestem atenção
Ao que vem a seguir, que será muito útil.
O que está escrito aqui
Não é suficiente.
Se a inteligência lhe faltar,
Reze a seu Deus para que ele o ajude.
O Cristo nos disse,
Que a Santa Igreja é a casa de Deus.
O Livro da Lei diz em verdade
Que ela é feita para a prece.
É lá que o povo deve ir
Rezar e reconhecer seus pecados.
Nunca chegue atrasado na igreja,
Depois de se divertir diante da porta.
Quando você for para a igreja,
Tenha no espírito
Que você deve honrar seu Senhor,
Tanto de dia quanto à noite,
Com seu espírito e sua energia.
Na porta da igreja
Apanhe a água benta.
Cada gota sobre sua fronte
Perdoará um pecado venial.
Não esqueça de baixar seu capuz
Pelo amor por Aquele que morreu na cruz.
Na igreja
Você elevará seu coração em fraternidade para o Cristo.
Levante o olhar para a cruz
E fique de joelhos.
Que Ele o apóie em seu trabalho
Como deseja a Santa Igreja
E que Ele guarde os dez mandamentos
Que Deus ditou aos homens.
Suplique a Ele com humildade
Para o proteger dos sete grandes pecados
Para que em sua vida
Não haja nem preocupações nem guerras.
Peça a Ele
Um lugar no Céu.
Na Santa Igreja, abandone a sutileza,
A luxúria e a obscenidade,
Assim como sua vaidade.
E reze seu Pater noster e sua Ave.
Não reze ostensivamente
Mas esteja em suas súplicas.
Se um dia você não puder mais rezar
Não perturbe os outros em suas devoções.
Sobretudo não fique nem sentado nem em pé,
Mas sim de joelhos no chão.
Quando eu ler o Evangelho
In
Você se levantará sem se apoiar sobre a parede
E você fará o sinal da cruz, se lhe tiverem ensinado.
Quando ecoar a Glória,
Quando o Evangelho for dito,
Você se ajoelhará.
Com os dois joelhos no chão,
Você adorará Aquele que nos remiu.
Quando soar o sino
Antes da Elevação
Jovens e velhos, vocês se ajoelharão
E elevando suas duas mãos
Vocês dirão:
Senhor Jesus, por seu nome que é santo,
Livre-me do pecado e da vergonha.
Absolve meus pecados e dê-me a comunhão.
E poderei seguir purificado
Para que eu não morra em estado de impureza.
Você, nascido de uma virgem,
Faça com que eu nunca esteja perdido.
Quando eu deixar este mundo,
Dê-me a felicidade eterna.
Amém, amém, assim seja.
Agora, graciosa dama, reze por mim.
Quando vier a Elevação, ajoelhe-se
E agradeça com fervor Àquele que tudo moldou.
Feliz é aquele que pôde ver um único dia
O Senhor.
É um bem precioso
Ao qual ninguém pode atribuir um preço.
Esta visão faz um bem tão grande,
Como disse Santo Agostinho no passado.
No dia em que você vir Deus,
Bebida e comida lhe serão concedidos.
Nada o poderá prejudicar,
Nem os insultos nem as zombarias,
Deus o acolherá no instante da morte.
Não tema a morte.
Quando o momento chegar, eu lhe juro,
Você terá os olhos abertos
E seus passos o guiarão
Para uma santa visão.
O Anjo Gabriel estará a seu lado
E manterá seus olhos abertos.
Dito tudo isso, é hora de terminar
Com relação à missa.
Assista ao ofício a cada dia.
Mas, se seu trabalho o impede,
Quando soarem os sinos,
Reze a seu Deus de todo o coração
E esteja com Ele em pensamento
Na cerimônia.
Eu lhe recomendo,
A você e seus Companheiros, escutar o que eu digo.
Diante de um senhor, em sua casa, na sala ou à mesa,
Tire o chapéu ou o capuz antes de falar.
Fica bem se inclinar duas ou três vezes
Diante desse senhor
Colocando o joelho direito no chão.
Você manterá sua honra.
Não cubra a cabeça
Enquanto não lhe disserem para fazê-lo.
Quando falar com ele,
Seja amável e franco.
Faça como diz o Livro da Lei
Fite-lhe os olhos amavelmente
E examine seus pés e mãos.
Evite se coçar ou tropeçar.
Não cuspa jamais, nem assoe o nariz.
Espere estar sozinho para fazê-lo.
Você tem grandes qualidades em você,
Mas aja humildemente.
Quando estiver na casa de um senhor
Seja simples.
Não faça alarde de seu nascimento
Ou de seus conhecimentos.
Não assoe o nariz e não se apóie na parede.
Uma educação honesta
Não pode permitir tais comportamentos.
A perfeição de seus gestos abrirá portas.
Pouco importa quem eram seu pai e sua mãe,
Digno é o filho que se comporta bem.
Onde quer que você vá, são as boas maneiras
Que fazem o homem.
Conheça seu próximo
A fim de lhe render a homenagem que lhe é devida.
Nunca cumprimente todas as pessoas ao mesmo tempo,
A menos que você as conheça.
À mesa, Coma sem gula.
Suas mãos estão limpas,
Sua faca afiada?
Não desperdice o pão pela carne
Que você não comerá.
Se o homem próximo a você for de condição superior,
Ele se servirá
Antes de você.
Não pegue o melhor pedaço,
Aquele que você prefere.
Suas mãos devem estar limpas.
Não suje o guardanapo,
Ele não serve para você assoar o nariz.
Não limpe seus dentes à mesa.
Não esvazie sua taça,
Mesmo que tenha muita sede.
Não fique com a boca cheia
Quando falar ou quando beber.
E se um homem próximo a você
Se puser a beber mais que o razoável,
Interrompa seu discurso,
Esteja ele bebendo vinho ou cerveja.

Tome cuidado para não magoar ninguém
Mesmo que ele pareça disposto a magoar você.
Não maltrate ninguém
Se você quiser manter sua honra.
Palavras podem ser ditas
Que seriam lamentadas.
Guarde seu sangue frio,
Você não terá arrependimentos.
Na sala, em companhia de graciosas damas,
Fique calado e observe.
Evite rir ruidosamente
E gritar como um libertino.
Fale somente com seus pares
E não conte tudo que você ouviu.
Não é necessário dizer o que você faz
Por ostentação ou por interesse.
Maravilhosos discursos podem auxiliá-lo,
Mas também levá-lo à sua perdição.
Se você encontrar um homem de valor,
Mantenha a cabeça nua.

Na igreja, no mercado ou nos bairros,
Cumprimente-o de acordo com sua linhagem.
Quando caminhar com um homem
De linhagem mais alta,
Caminhe ligeiramente atrás dele.
É sinal de bom gosto.
Deixe-o falar, mantendo sua calma.
Quando ele tiver terminado, diga o que tem a dizer,
Com prudência e moderação.
Nunca o interrompa,
Mesmo que ele esteja bebendo vinho ou cerveja.

Que Cristo, em sua grande graça,
Dê-lhes o tempo e o espírito
Para ler e compreender este livro,
Para que o Céu lhes seja a recompensa.
Amém, amém, assim seja.
Digamos isso em uníssono, por caridade